A obesidade é uma epidemia global, e sua prevalência em crianças e adolescentes vem aumentando em todo o mundo, provocando um alto impacto negativo na saúde pública. A obesidade precoce eleva o risco de doenças associadas ao excesso de peso, como diabetes, inflamações intestinais e problemas cardiovasculares, como pressão alta. A amamentação exclusiva nos primeiros seis meses de vida e continuada até dois anos ou mais é um fator de proteção contra a obesidade.


A maioria dos estudos relata o efeito protetor do aleitamento materno contra a obesidade na criança, especialmente quando relacionado a um período de amamentação exclusiva acima de três meses. E um dos fatores envolvidos nessa proteção é a presença do hormônio leptina no leite materno. Ele inibe o apetite, e, assim, o bebê fica mais saciado. Tanto que os animais que não produzem leptina tornam-se extremamente obesos.


Outras pesquisas mostram que, para cada mês de retardo na introdução de alimentação complementar, há diminuição de 6% a 10% no risco de excesso de peso na vida adulta. Quanto mais tempo a mulher puder amamentar, menor o risco de obesidade na criança por toda a vida. Um estudo com adultos na Finlândia mostrou que indivíduos que foram amamentados de cinco a sete meses tinham o índice de massa corporal (IMC) mais baixo em relação ao grupo que não foi amamentado pelo mesmo período. E estudo envolvendo países europeus diz que a alta concentração de proteína presente nas fórmulas de substituição do leite materno (leites de vaca modificados para uso infantil) é uma das causas de obesidade infantil, pois altera a autorregulação do consumo de energia nos primeiros anos de vida.

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Portanto, o aleitamento materno deve ser incentivado por todos os benefícios que oferece ao crescimento e ao desenvolvimento saudável, e também na prevenção da obesidade infantil.

Amamentação x obesidade: prevenção por toda a vida

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